segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Magdalena Jetelová | Conferência de abertura do ano lectivo de 2009/2010

Quinta-feira, 8 de Outubro, 19 h, auditório da FBAUL

Magdalena Jetelová virá falar sobre o seu próprio trabalho - "Dislocations".
Artista de renome internacional, tem actualmente no Reservatório da Pariarcal uma obra sua, inscrita no conjunto de conferências e exposições do ciclo "Arte e Natureza" do CIEBA/FBAUL".

Magdalena Jetelová nasceu em Praga (República Checa) em 1946, onde estudou na Academia de Belas Artes, seguindo-se a Academia de Brera em Milão e depois de novo Praga. Em 85, com uma bolsa, mudou-se para Munique. Expôs na Dokumenta 8 de Kassel (1987); depois, além de uma prática artística internacional com grande visibilidade e reconhecimento, tem sido docente sucessivamente em Munique (Academia de Belas Artes), Salzburgo, Dusseldorf e de novo Munique desde 2004.

O seu trabalho pode ser definido, pelas suas próprias palavras, tal como disse há dias no reservatório da Patriarcal durante a montagem do seu trabalho que lá está patente:
“I work with space”.

Assim, a escultura não convencional, por exemplo através de cortes em edifícios, derramamentos de terra ou lama, em instalações de carácter efémero em que participa muito a fotografia, o vídeo e as projecções luminosas com textos, laser por vezes, podem ser meios que utiliza.

Quanto aos temas que directa ou metaforicamente a interessam e a que faz referência, é frequentemente o lugar que serve de mediador, e podemos talvez invocar algumas palavras-chave, como espaço, lugar, história, memória, arquitectura, paisagem.

Por exemplo, em 94-95 realizou o projecto “The Atlantic Wall”, em que cruzava uma leitura de Paul Virilio e as ruínas da Muralha Atlântica, uma série de fortificações e bunkers construídos pelos nazis durante a 2ª guerra mundial como sistema de defesa contra os aliados, desde a Noruega a Espanha.

Outro exemplo, de 96, é “Crossing King’s Cross”, em que Magdalena reflecte sobre as alterações provocadas na paisagem industrial dessa zona de Londres pelo rasgão que foi consequência da construção da nova linha de caminho de ferro de alta velocidade que veio unir as ilhas e o norte de Inglaterra à Europa.


Vejam mais informações em:

http://www.jetelova.de/index2.html

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